quinta-feira, 30 de setembro de 2010
TRE libera o consumo de bebidas alcóolicas no domingo
Este ano, o Estado do Rio de Janeiro optou por liberar o consumo de bebidas alcóolicas em locais públicos no dia das eleições, contrariando a chamada “Lei Seca” habitual.
Além do Rio de Janeiro, outros quatro Estados do país optaram por liberar a venda e o consumo de álcool em locais públicos no dia das eleições: São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Bahia.
mais atenção, as operações lei seca vão estar montadas nesse domingão, uma coisa é uma coisa outra coisa é outra coisa.....
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Exposição “Memórias de um repórter aéreo”, com Genilson Araújo.
A Casa do Saber e o Sistema Globo de Rádio convidam para a abertura da exposição “Memórias de um repórter aéreo”, de Genilson Araújo. Repórter da CBN, Rádio Globo e BEAT98, responsável pela cobertura aérea do trânsito do Rio, Genilson Araújo conversa com o jornalista Giovanni Faria sobre a arte de registrar, da janela do helicóptero, o cotidiano dos cariocas e a paisagem do Rio de Janeiro. Com 15 mil horas de voo e centenas de fotos publicadas em jornais e revistas, ele é, segundo a diretora-executiva da CBN, Mariza Tavares, o “ser alado da mitologia contemporânea, o olho onipresente sobre a cidade”.
Abertura da exposição
20h: Bate-papo com Genilson Araújo e Giovanni Faria, diretor da Rádio Globo Brasil.
Evento gratuito - Vagas limitadas
Inscrições pelo telefone
Essa eu não vou perder. Boa sorte e parabéns para o professor Genilson Araújo.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Mais um acidente na Baia de Guanabara
Foi o segundo acidente em menos de 15 dias
O Catamarã Gávea, que vinha de Niterói em direção ao Rio, colidiu violentamente com a traseira da barca boa viagem atracada na plataforma 3D na Estação Praça XV, no Centro do Rio. segundo a Barcas SA, Ninguém se feriu.
Os 130 passageiros do Catamarã foram orientados as 18h a fazer um desembarque especial, passando por dentro da barca para chegar em em segurança.
O acidente, ocorrido a menos de 15 dias de um outro grave acidente aonde a barca Ingá II, do tipo catamarã, que saiu da Praça XV, no centro do Rio de Janeiro, com destino a Niterói, sofreu um problema eletrônico. O catamarã teve de realizar uma manobra de emergência e atracou nas pedras do Aterro do Gragoatá, em Niterói, por volta das 8 horas. De acordo com a empresa concessionária que realiza o percurso, a Barcas S/A, 16 passageiros e dois funcionários da concessionária ficaram levemente feridos.
domingo, 5 de setembro de 2010
Confira a crítica do filme Nosso Lar
Não é tarefa simples adaptar um livro para as telonas. Embora caminhem em estradas convergentes, literatura e cinema possuem características bem singulares. Logo, num piscar de olhos, pode-se transformar uma bela história em um filme decepcionante ou que não alcança o poder do original em papel. A missão é ainda mais complicada quando este livro possui fãs incondicionais (O Poderoso Chefão, O Senhor dos Anéis, Harry Potter). Agora, imaginem a complexidade do problema quando a obra é de teor religioso.
É o caso de Nosso Lar, baseado na obra espírita psicografada pelo médium Chico Xavier na década de 1940 e que já vendeu mais de 2 milhões de exemplares. A história gira em torno do médico André Luiz (nome fictício, como o próprio livro destaca), que após morrer se vê em um lugar conhecido como Umbral - região gerada pela psique dos espíritos que precisam resgatar seus erros - onde permanece por quase uma década. Após sofrer as mazelas da inóspita região, ele é levado para a colônia Nosso Lar, onde precisa aprender a servir para progredir, numa caminhada de autoconhecimento e evolução.
Nas mãos do pouco conhecido diretor Wagner de Assis, Nosso Lar é um filme competente na idéia de entreter. Ostentando um orçamento de 20 milhões de reais (o mais caro da história do cinema nacional), o longa apresenta um resultado surpreendente na precisa e caprichosa direção de arte, assinada por Lia Renha, e nos efeitos especiais, exportados da Intelligent Creatures, responsável por Babel e Watchmen, que não soam toscos, felizmente. E se a fotografia não é ousada, ao menos dividi bem suas cores entre o cinza macabro do Umbral, o amarelo envelhecido ao retratar o passado e o azul e branco da colônia. As críticas que a produção vem recebendo às formas arquitetônicas, inspiradas abertamente no estilo Oscar Niemeyer, são absurdas, pois seria o mesmo que dizer que o trabalho de Niemeyer é cansativo.
Escrito também por Wagner de Assis, que deveria ter dividido a tarefa com outro profissional, Nosso Lar cumpre bem o seu papel, sem desabar uma avalanche de informações que atrapalharia a percepção do espectador, mas demora a engatar a quinta marcha, principalmente no segundo ato. Cortes abruptos na edição e cenas que não dizem nada à história ajudam a deixar o longa irregular na segunda e terceira meia hora de projeção. O roteiro tropeça também na construção de alguns personagens. Se em alguns casos os diálogos se encaixam, em outros ficam vazios e sem função. Se ora consegue fazer graça neste ou naquele momento, ora a fala dos atores soa pedante. Exemplo disso é quando um jovem morador da colônia espiritual, ao avistar um grupo de recém-chegados, diz sorrindo “esse não é o céu que vocês pediram, mas vamos ajudar todo mundo” ou quando André ouve de um amigo que no mundo há os descrentes que “são ateus, graças a Deus”.
Curioso observar que, se no sucesso de bilheteria Chico Xavier – O Filme o elenco dava fôlego a um roteiro que tinha o mesmo problema de ritmo, aqui não é o que observamos. O veterano ator Renato Pietro, acostumado em atuar em peças teatrais com temática espírita, demora um pouco para encontrar o timing de André Luiz, mas vai se soltando no decorrer da projeção, mostrando a evolução do médico na sua luta espiritual. Werner Schünemann oferece aqui um Emmanuel mais carismático que o austero Emmanuel de André Dias em Chico Xavier. E é uma pena (nunca uma falha da produção) que grandes atores como Paulo Goulart, Selma Egrei, Othon Bastos e a querida Chica Xavier (estigmatizada como empregada sábia, o que é lamentável) não ganhem mais espaço.
Por fim, a trilha sonora do americano Philip Glass emociona e conforta, se desequilibrando apenas nas cenas de maior tensão, como se diretor e maestro não tivessem entrosado o suficiente.
Nosso Lar não é um filme inovador (e quem disse que a intenção era essa), mas diverte o espectador. O longa não se perde em uma infinidade de clichês que poderiam ter acabado com a história. Talvez o mais importante de todos esteja em não tentar passar lições de morais no final da projeção. A conclusão que se tem ao sair do cinema é de que simplesmente assistimos a um homem em sua luta particular por evoluir e amar. Crer que aquilo é ficção ou real, absorver ou não para a própria vida, isso depende de cada um.
Escrito por Daniel Gonçalves
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